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O que é a Síndrome de Estocolmo?

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O que você faria caso passasse por situações de extrema pressão? Mas imagine um caso realmente extremo… Se você fosse sequestrado e mantido em cativeiro, por exemplo? Bem, claro que não é algo bacana de se imaginar, mas isso pode te ajudar a entender melhor sobre o tema que abordaremos a seguir. É comum que você idealize que sua reação seria a pior possível… Entraria em pânico, choraria sem parar e tudo que mais iria querer era voltar para casa. No entanto, para aqueles que desenvolvem a Síndrome de Estocolmo, as coisas podem tomar um rumo bem diferente.

Após um prolongado tempo de intimidação, a pessoa pode entrar em um estado psicológico bastante controverso. Por sofrer com um intenso medo do que pode acontecer no futuro, tanto no que tange agressões físicas ou danos morais, a vítima acredita cegamente que sua vida está nas mãos de quem o atormenta. Então, como uma espécie de mecanismo de defesa, seu psicológico passa a criar afeição pelo intimidador. É comum que a Síndrome de Estocolmo faça com que a pessoa desenvolva empatia, amor e até mesmo passe a ajudar o agressor a conseguir o que pretende.

A síndrome surgiu em meio a um acontecimento obscuro. Derivado de um assalto a banco ocorrido em Estocolmo, capital da Suécia no ano de 1973… Onde quatro pessoas foram mantidas como reféns durante longos seis dias. O estranho é que inicialmente, os reféns tinham a intenção de escapar logo de todo aquele terror. Mas com o passar dos dias, eles se mostraram favoráveis as atitudes dos ladrões e pareciam até mesmo repreender as ações do governo para tentar o resgate.

Meses após o acontecimento, quando convidados para testemunhar contra os criminosos, todos aqueles que haviam sido reféns se recusaram a fazer isso… Inclusive, passaram a atuar a favor deles.

Síndrome de Estocolmo: um mecanismo de sobrevivência

O comportamento dos reféns intrigou as autoridades. Foi realizada então, uma pesquisa para averiguar se aquele teria sido o único caso em que reféns criaram simpatia pelos criminosos. O impressionante foi que chegaram a conclusão de que, embora raro, este ainda era um comportamento bem mais comum do  que acreditavam.

Segundo Frank Ochberg, o psiquiatra que conduziu os estudos na época: “Os reféns experimentam um sentimento positivo e primitivo em relação ao seu captor. Eles estão negando que esta é a pessoa que os coloca nessa situação. Em sua mente, eles acham que essa é a pessoa que vai deixá-los viver“. Após uma das reféns dar entrevista a uma rádio da Suécia, disse que os criminosos eram muito gentis e que na verdade, deviam suas vidas a eles: “Quando ele nos tratou bem, poderíamos pensar nele como um Deus da emergência“, disse ela.

O caso mais famoso

Assim que o termo passou a ser usado, muitos casos começaram a ganhar notoriedade. Um deles foi o da herdeira Patty Hearst, uma norte americana que aos 19 anos foi sequestrada pelo Symbionese Liberation Army (SLA). Em um primeiro momento tudo ocorreu de forma turbulenta, mas apenas dois meses depois, ela foi flagrada por imagens que a mostravam ajudando os criminosos a assaltarem um banco em San Francisco.

Pouco tempo depois, um vídeo foi ao ar onde a jovem declarava seu total apoio à causa SLA. O grupo foi alvo de diversas denúncias e finalmente foi capturado pelas autoridades, incluindo a moça. Enquanto passava pelo julgamento, o advogado de Hearst garantia que o comportamento dela era apenas uma tentativa desesperada e inconsciente para sobreviver. Dessa forma, afirmava que ela sofria da Síndrome de Estocolmo.

Segundo testemunho, a moça foi mantida trancada e vendada em um armário escuro durante dias. Nesse período, sofreu intensas agressões físicas e sexuais, onde tudo teria ocorrido antes do assalto em que ela participou. De fato, seu subconsciente teria começado a trabalhar em prol de sua vida.

E então pessoal, o que acharam? Já conheciam a Síndrome de Estocolmo? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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