Natureza

O último dia dos dinossauros

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Os dinossauros foram os animais mais fascinantes que já habitaram a Terra. De acordo com especialistas, esses animais surgiram há, aproximadamente, 220 milhões de anos. Ainda nesse ínterim, os especialistas também, há muito, aceitam a ideia de que um asteroide foi o responsável pela extinção desses animais.

Supostamente, o asteroide atingiu a Terra há 66 milhões de anos. Entretanto, acredita-se, hoje, que somente a colisão não seria capaz de eliminar os dinossauros. Desde então, diversas teorias, sobre o que realmente aconteceu com nosso planeta e seus habitantes pré-históricos, após o impacto, passaram a nortear o universo da ciência.

De acordo com um novo estudo, publicado na revista Proceedings da National Academy of Sciences, após o impacto do asteroide, o resfriamento global foi o culpado por extinguir os dinossauros.

A pesquisa constatou também que o asteroide Chicxulub, que tinha mais de 10 quilômetros de largura, provocou incêndios que se estenderam por centenas de quilômetros, um tsunami e liberou bilhões de toneladas de enxofre na atmosfera. Como explica o estudo, essa névoa gasosa bloqueou o sol, esfriou a Terra e condenou à morte os dinossauros.

O asteroide Chicxulub

Para entender melhor o que aconteceu, pesquisadores analisaram profundamente a cratera ocasionada pelo impacto do asteroide Chicxulub. O trabalho, claro, foi árduo, totalmente desafiador. Afinal, a cratera, de 200 km de diâmetro, está soterrada debaixo da Península de Iucatã, no México.

Em suma, os pesquisadores coletaram amostras de rochas no local em 2016. Até onde se sabe, nenhuma pedra, daquela área, havia sido extraída antes. Por três anos, os cientistas analisaram as amostras.

Após analisar os dados, os pesquisadores conseguiram reconstruir uma linha do tempo, que ilustra o que aconteceu após o impacto.

A linha do tempo

Em Chicxulub, o impacto do asteroide liberou uma energia equivalente a de 10 bilhões de bombas atômicas. Consequentemente, volatilizou enormes quantidades de material. Estudos anteriores estimaram que liberou na atmosfera 425 gigatoneladas de CO2 e outras 325 de sulfuretos.

Além disso, um tsunami subsequente levou grande parte da água do Caribe para os Grandes Lagos do norte dos Estados Unidos, a cerca de 2.500 quilômetros da zona de impacto. Entretanto, o que mais impressiona, de acordo com os pesquisadores, foi a rapidez com que a maior parte da cratera foi preenchida com os restos do choque brutal.

Estima-se que, em apenas 24 horas, o buraco tenha sido coberto com uma camada de cerca de 130 metros de sedimentos. A presença de carvão vegetal, disseram os pesquisadores, é prova de que os incêndios florestais se inflamaram após o impacto. Em suma, alguns dos incêndios, provavelmente, começaram a centenas de quilômetros da cratera.

“Ele fritou e depois congelou toda a vida existente na Terra. Nem todos os dinossauros morreram exatamente no momento do impacto, mas acabaram não resistindo aos efeitos dessa explosão”, revela Sean Gulick, professor do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas, em entrevista à rede norte americana ABC.

“Essa foi a sequência de eventos que conseguimos recuperar desde o ponto zero. Isso nos mostrou os processos do impacto e as consequências dele da perspectiva de uma testemunha”, acrescentou Gulick.

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