Uma desastrosa pandemia pode atingir o planeta e a causa é mais simples do que você imagina. A Organização Mundial de Saúde, o Banco Mundial e o Conselho Global de Monitoramento da Preparação coordenaram o estudo Um Mundo em Risco (A World At Risk). Em suma, o relatório final reúne opiniões de especialistas sobre pontos críticos em relação à saúde, em cada um dos continentes.
Em síntese, as principais preocupação são as bactérias super-resistentes a antibióticos, a eventual necessidade de migração em massa e as mudanças climáticas. Estas são as possíveis grandes causas da próxima pandemia da Terra – ou seja, um problema de alcance mundial.
Vírus Influenza
Ademais, o maior risco está na capacidade de mutação do vírus influenza, responsável por provocar a gripe. A evolução do vírus pode causar uma doença de difícil convite. Dessa forma, especialistas alertam que não há como erradicar a gripe a médio ou curto prazo. Há ainda o risco permanente de que novas formas do vírus se alojarem em animais e em humanos. Fato que favorece a mais rápida proliferação da doença.
Mesmo com as vacinas, as doenças virais são de muito difícil controle. Além disso, as medidas de prevenção teriam pouco impacto numa possível epidemia. E ainda, a rejeição crescente às vacinas e a resistência aos antibióticos são problemas preocupantes.
Rápida proliferação
O relatório, Um Mundo em Risco, prevê que um surto viral de influenza poderia matar entre 50 e 80 milhões de pessoas. E isso seria muito mais rápido do que você imagina. Essa verdadeira calamidade poderia acontecer em menos de 36 horas. O que representa um impacto em quase 5% da economia mundial.
Esse cálculo tem como base os números da gripe espanhola, um capítulo negro na história da humanidade. À época, a doença se espalhou por quase todo o mundo. A pandemia provocou a morte de 50 e 100 milhões de pessoas em 1918.
A doença aparece no último ano da Primeira Guerra Mundial. O vírus tinha a capacidade 30 vezes mais letal que o comum. A pandemia durou dois anos e atingiu, praticamente, 50% da população mundial. Em comparação, na guerra, que durou quatro anos, aproximadamente 8 milhões de pessoas foram mortas.
A pandemia também tem outro ponto de vista preocupante: as mudanças climáticas. Com cada vez menos acesso à água limpa, com temperaturas altas, mais animais e pessoas doentes e propensos a hospedar vírus por mais tempo a transmissão acelerada será inevitável.
Medidas de controle devem começar com urgência
Em conclusão, os responsáveis pelo estudo acreditam que são incipientes os esforços atuais dos governos, para se prepararem para a possível catástrofe na área da saúde. Casos, como o da gripe aviária, em 2008, e o surto de Ebola, em 2014, mostraram que não estamos nada preparados para enfrentar doenças graves.
Investir em saúde pública e garantir condições básicas de saneamento básico é o alerta final do relatório. Ele conclui que todos os países devem iniciar planejamentos para essa possibilidade eminente de emergência global.
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