Imaginar a vida hoje sem internet é uma coisa quase que impossível. Contudo, nem todas as conexões em todos os dispositivos são boas. Um exemplo disso é a internet do celular. Mesmo que ela não seja lá essas coisas, as pessoas não querem ficar sem tê-la.
No entanto, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou as operadoras de telefonia móvel a cortarem a internet do celular das pessoas que ficarem mais de 20 dias sem pagar a conta. Outra medida foi que, se o pagamento não for feito em até 60 dias, o contrato pode ser rescindido.
Segundo a nova resolução, o corte por completo da internet pode ser feito nos planos pós-pagos, mas ele não terá nenhuma cobrança por parte da empresa no período de 30 dias depois do começo da suspensão do contrato.
Nova resolução
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Tecmundo
Os consumidores inadimplentes, mesmo que sem acesso à rede através dos dados móveis, ainda poderão receber ou mandar mensagens de texto SMS e fazer ligações para os contatos de emergência, além de também manterem seu número e ter acesso à central de atendimento da operadora.
Antes dessa nova resolução, os clientes que não pagavam a conta do celular tinham a velocidade da internet diminuída e tinham que continuar arcando com o serviço e pagar multa.
Essa medida é parte do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações, documento revisado e aprovado pelo Conselho diretor da Anatel.
Ele fez essa mudança com relação aos inadimplentes e também criou a “Ferramenta Eletrônica comparadora de Ofertas de serviços de telecomunicações”. A própria Anatel irá disponibilizá-la para que os clientes tenham mais detalhes a respeito dos planos oferecidos pelas operadoras.
Internet
Tele síntese
Mesmo que a conexão tenha dado uma melhorada considerável nas grandes cidades, de acordo com um levantamento, um em cinco clientes de conexão móvel tem velocidade de internet ruim e experiência pobre para vídeo.
Quem fez esse levantamento foi a Opensignal, empresa que mede a experiência de internet que as operadoras oferecem. Ela analisa a velocidade, a experiência de vídeo e outros pontos. De acordo com ela, 20% dos clientes de banda larga móvel do Brasil têm média de download menor do que 10 Mbps, que são megabits por segundo.
“Muitos brasileiros têm acesso limitado a redes 5G ou a celulares com a tecnologia. Por essa razão, eles têm problemas com velocidades de download muito lentas no geral. Isso faz com que a habilidade dessas pessoas em navegar na internet seja mais desafiadora”, apontou a Opensignal.
Com uma internet de 10 Mbps é possível baixar 1,25 MB (megabytes) por segundo. Se essa velocidade se mantiver constante, é possível baixar um arquivo de 70 MB em um minuto. Isso é o equivalente a 23 fotos, se cada uma delas tiver 3 MB.
Quando isso é colocado no streaming a coisa fica mais complicada. No caso da Netflix, ela sugere o mínimo de 3 Mbps para que os vídeos possam ser vistos na qualidade HD, que é uma das mais baixas. Mesmo assim, é importante que exista uma constância no sinal para que a pessoa consiga reproduzir o conteúdo sem nenhuma interrupção.
E existem estados onde era mais comum que as pessoas tivessem uma velocidade média de download de menos que 10 Mbps. São eles: Amazonas (26%), Roraima (29%) e Minas Gerais (27,2%).
Ainda de acordo com o estudo, a maior parte das pessoas (40%) tem uma velocidade de internet entre 10 e 25 Mbps, e somente 0,6% tem uma conexão maior do que 100 Mbps.
- Entre 0 e 10 Mbps – 20,7%
- Entre 10 e 25 Mbps – 40,5%
- Entre 25 Mbps e 50 Mbps – 29,2%
- Entre 50 Mbps e 100 Mbps – 9%
- Acima de 100 Mbps – 0,6%
Nos tempos atuais, as redes sociais de vídeos curtos estão fazendo muito sucesso. Contudo, esse tipo de conteúdo ainda é de difícil acesso por uma pessoa em cada cinco usuários de internet móvel no Brasil.
Nesse ponto, a Opensignal criou um índice de experiência de vídeo para conseguir avaliar essa experiência dos usuários. O índice vai de 1 a 100 e ficou assim:
- pobre (abaixo de 48 pontos) – 18,2%
- justa (entre 48 e 58 pontos) – 12,3%
- boa (entre 58 e 68 pontos) – 24,3%
- muito boa (68 – 78 pontos) – 38,4%
- excelente (78 ou superior) – 6,8%
A definição de “pobre” pela empresa foi a de “uma experiência fraca, mesmo para vídeos de baixa resolução”, uma “velocidade muito lenta para carregamento” e “travamentos frequentes”.
Segundo o ranking, os lugares onde menos pessoas têm uma experiência pobre com vídeo são São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Já a maior porcentagem de experiência pobre foi vista em Roraima e depois em Tocantins.
Contudo, 11,4% dos brasileiros ficam sem sinal 5% ou mais do tempo. Isso mostra que ainda é necessário mais investimento na infraestrutura de telecomunicações.
Imagens: Tecmundo, Tele síntese