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Paciente morre depois de passar quase dois anos com covid-19

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Vivemos a pandemia do coronavírus e presenciamos toda a corrida pela criação de vacinas eficazes contra o vírus. Felizmente elas vieram e o mundo pôde voltar ao normal. No nosso país, em quase três anos, foram aplicadas mais de 540 milhões de doses. Agora, o país vive um período de transição na vacinação contra o covid-19.

Mesmo ela não sendo mais uma emergência global, algumas pessoas ainda têm complicações graves por conta da doença. Um exemplo disso foi apresentado pelos pesquisadores do Centro de Medicina Experimental e Molecular da Universidade de Amsterdã, na Holanda. Eles apresentaram o caso mais longo de covid-19, de um idoso de 72 anos que testou positivo para o vírus por cerca de 613 dias e morreu em outubro do ano passado.

O paciente não teve sua identidade ou nacionalidade reveladas, mas se sabe que ele tinha problemas anteriores de saúde e foi infectado pela variante ômicron. Durante a infecção pelo vírus, o homem desenvolveu mais 50 mutações.

Covid-19 por 613 dias

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Segundo os especialistas, isso fez com que uma nova variante aparecesse e fosse altamente modificada geneticamente do vírus.

O homem foi internado em fevereiro de 2022 no Centro Médico da Universidade de Amsterdã com uma infecção pelo Sars-CoV-2. Na época, ele estava tomando imunossupressores para tratar um câncer no sangue.

Em seu tratamento, ele usava um remédio que eliminava os linfócitos B, os glóbulos brancos, até os que geralmente produzem anticorpos para combater o vírus da covid-19. E mesmo ele tendo tomada várias doses das vacinas contra a doença, ele não tinha o  anticorpo IgG específicos e o sistema imunológico dele não foi capaz de eliminar o vírus.

De acordo com as análises de amostras que foram coletadas, os pesquisadores chegaram a conclusão de que o coronavírus acabou criando uma resistência ao sotrovimab, um tratamento de anticorpos monoclonais que geralmente funciona nos casos leves e moderados da doença.

Infelizmente esse homem acabou morrendo por conta de uma volta do quadro hematológico depois de ele ter ficado positivado para o Sars-CoV-2 com cargas virais elevadas durante 613 dias. Além disso, ele também teve vários episódios sintomáticos e precisou ser hospitalizado.

Por conta da sua infecção por tanto tempo, o paciente também teve que passar por longos períodos de isolamento enquanto estava internado e usar materiais de proteção individual. Tudo isso acabou diminuindo de forma significativa a qualidade de vida dele.

Complicações

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O caso desse homem foi bem drástico, mas o fato é que ainda hoje algumas pessoas enfrentam complicações graves por conta da covid-19 enquanto outras não tem um quadro tão forte.

Para entender o motivo de isso acontecer, é necessário saber duas coisas: o vírus está em mutação constante e a maior parte das pessoas não recebeu as novas doses das vacinas que foram atualizadas nos últimos 12 meses. Isso quer dizer que a quantidade de anticorpos, que são a primeira linha de defesa do corpo, está baixa na população.

Nesse ponto, é importante lembrar algo dito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).  “Este vírus veio para ficar. Ainda está matando e ainda está mutando”, disse ele.

Contudo, de lá para cá vários países abandonaram suas estratégias para conter a covid-19. Então, onde a doença é transmitida de forma livre, as pessoas mais vulneráveis são as mais expostas aos riscos.

No entanto, nem mesmo a ciência sabe ao certo quem vai ter casos graves da covid-19 até hoje.

Fonte: Olhar digital, Canaltech

Imagens: Olhar digital

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