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Placa tectônica do Pacífico está rachando e pode ameaçar terremotos

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As placas tectônicas do nosso planeta são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. Todas estão conectadas umas às outras e quando uma se move, interage com outra placa localizada no lado oposto do planeta. Ao todo, a Terra se divide em 14 placas tectônicas principais. Já faz cerca de 3,3 a 4,4 bilhões de anos que as placas tectônicas se movimentam em torno da superfície da Terra. E com esse movimento contínuo ao longo do tempo elas também sofrem. Um exemplo disso é a placa tectônica do Pacífico que começou a rachar.

Um estudo recente mostrou grandes falhas na placa tectônica do Pacífico, o que veio refutar a ideia de que as placas eram rígidas e uniformes. E o que de fato significam essas falhas vistas na placa tectônica do Pacífico?

Falhas na placa tectônica do Pacífico

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Os pesquisadores identificaram as falhas em profundidades consideráveis, além de elas se estenderem por centenas de quilômetros. Elas surgiram por conta de forças internas que fizeram pressão sobre a placa e a moveram na direção do oeste. Isso mostra que uma placa tectônica é mais dinâmica e complexa do que era pensado, e pode ter consequências diretas na atividade sísmica da região.

No caso das falhas internas na placa tectônica do Pacífico, elas trazem dúvidas de como podem influenciar na ocorrência de terremotos. As falhas nas bordas das placas tectônicas, principalmente nas zonas de subducção, são conhecidas por gerarem terremotos. Contudo, as vistas nas áreas internas das placas dão a entender que tremores intraplacas podem ser mais comuns do que era acreditado.

Esse novo pensamento pode ser uma explicação para os terremotos que acontecem em lugares em que a atividade sísmica era difícil de ser prevista.

Movimento

A descoberta de falhas na placa tectônica do Pacífico pode ter sido uma descoberta não esperada e trazido novas ideias sobre esses blocos de terra. Contudo, existem coisas que são sabidas sobre eles. Por exemplo, fazem cerca de 3,3 a 4,4 bilhões de anos que as placas tectônicas se movimentam em torno da superfície da Terra. Elas se movem tão rápido quanto as unhas dos humanos crescem. No entanto, ao longo de um bilhão de anos, isso já é o suficiente para viajar para todo o planeta.

Os cientistas conseguiram condensar, em um dos modelos mais completos de movimento de placas tetônicas, um bilhão de anos de movimento em um vídeo de 40 segundos. No vídeo, podemos ver como as placas gigantes de rocha interagiram ao longo do tempo.

Conforme as placas tectônicas vão se movimentando, elas afetam o clima, os padrões das marés, os movimentos dos animais, sua evolução, a atividade vulcânica, a produção de metais e várias outras coisas. Isso tudo mostra que essas placas são mais do que somente uma cobertura para o planeta. Elas são, na verdade, um sistema de suporte de vida, que afeta tudo que vive na superfície.

“Pela primeira vez, um modelo completo de tectônica foi construído, incluindo todas as fronteiras. Em uma escala de tempo humana, as coisas se movem em centímetros por ano, mas, como podemos ver na animação, os continentes estiveram em todos os lugares no tempo. Um lugar como a Antártica, que vemos como um lugar frio, inóspito e gelado hoje, na verdade já foi bastante um bom destino de férias no equador”, disse o geocientista Michael Tetley, que concluiu seu doutorado, na Universidade de Sydney.

É possível ver que o movimento e deslizamento das placas é uma visão e tanto. As massas de terra que, antes, eram como irmãos se tornando primos distantes e vice-versa. Além de também surpreender o quão recentemente os países e continentes que conhecemos hoje foram parar na posição que estão atualmente.

Para os cientistas, saber esses movimentos e padrões é crucial se eles desejam prever quão habitável a Terra  será  no futuro e onde os humanos encontrarão os recursos metálicos que precisam para garantir um futuro de energia limpa.

Um estudo do registro geológico estima o movimento da placa. E o magnetismo que dá os dados sobre as posições históricas dos substratos, em relação ao eixo de rotação da Terra e os tipos de materiais presos em amostras de rocha. Eles ajudam a combinar as peças de quebra-cabeças de placas geológicas anteriores.

E a equipe se esforçou para escolher e combinar os modelos mais adequados disponíveis atualmente. Eles foram feitos observando os continentes e as interações ao longo dos limites das placas.

“O planeta Terra é incrivelmente dinâmico, com superfície composta por placas que se chocam constantemente de uma forma única entre os planetas rochosos conhecidos. Essas placas se movem na velocidade do crescimento das unhas, mas quando um bilhão de anos é condensado em 40 segundos, uma dança hipnotizante é revelada. Os oceanos se abrem e fecham, os continentes se dispersam e periodicamente se recombinam para formar imensos supercontinentes”, disse o geocientista, Sabin Zahirovic, da Universidade de Sydney.

Os cientistas admitem que o trabalho ainda falta alguns detalhes mais sutis. No entanto, eles esperam que mesmo assim  seu trabalho possa servir como um recurso útil e ser uma base para estudos futuros sobre os movimentos e impactos que as placas tectônicas tem na Terra.

Fonte: Mundo em revista

Imagens: ND mais, YouTube

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