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Por que a Disney tem investido tanto em remakes live-action?

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Por vezes, já apresentamos, criticamos e até noticiamos o sucesso de alguns remakes da Disney. No entanto, nunca chegamos a nos aprofundar na real questão: o porquê da Casa do Rato ter decidido investir na adaptação live-action de seus clássicos animados. Pois bem, segundo Sandy Schaefer, do Screen Rant, nostalgia sempre foi uma grande parte dessa marca. Já comentamos algumas vezes sobre a monetização da nostalgia e como ela se tornou uma das fórmulas de sucesso hollywoodianas. Contudo, é importante ressaltar que a mesma vem sendo fortemente difundida pela Disney desde os anos 1990. Afinal, foi exatamente nessa época que a companhia decidiu investir em remakes de live-actions anteriores. Só para ilustrar, podemos citar A Incrível Jornada, Operação Cupido e Flubber.

Embora esses remakes tenham sido um importante passo para que a Disney descobrisse o potencial do relançamento de suas obras, o real divisor de águas para a empresa foi 101 Dálmatas. Através da reimaginação live-action de sua animação dos anos 60, a Casa do Rato descobriu o que era um real sucesso de bilheteria. Apesar de ter sido considerado pela crítica “um remake desnecessário”, a performance de Glenn Close como Cruella de Vil foi aclamada crítica e publicamente. Além disso, o roteiro de John Hughes teve um importante peso nessa conquista, basta lembrar que o cineasta foi responsável por sucessos atemporais como Clube dos Cinco, Curtindo a Vida Adoidado e Esqueceram de Mim. Logo, independente da avaliação da crítica especializada, a Disney viu ali uma grande oportunidade lucrativa. Não podemos culpar a companhia, já que o filme custou apenas 75 milhões de dólares e arrecadou quatro vezes mais.

Em suma, a experiência da companhia com 101 Dálmatas foi responsável por abrir portas para que, catorze anos depois, a Disney iniciasse uma nova era cinematográfica.

A nova era de remakes da Disney

É comum O Rei Leão, Aladdin e Mulan serem vistos como os principais exemplos de remakes da Disney atualmente. Entretanto, é necessário lembrar de Alice no País das Maravilhas, lançado 2010. O filme dirigido por Tim Burtin foi responsável por reforçar que a reimaginação das clássicas animações era uma fórmula de sucesso entre o público. Se os 300 milhões de dólares arrecadados por 101 Dálmatas em 1996 chamaram a atenção da empresa, imagine o êxtase da mesma com a bilheteria bilionária de Alice. Contudo, uma variável importantíssima nessa equação foi Alan Horn, nome que assumiu os estúdios da Disney em 2012.

Antes de migrar para a Casa do Rato, Horn atuou como presidente da Warner Bros. Surpreendentemente, após sua demissão em 2011, Bob Iger, CEO da Disney, resolveu trazê-lo à bordo. Como resultado dessa contratação, surgiu Malévola. Nem é preciso dizer que a reimaginação live-action de Bela Adormecida contada sob a perspectiva da antagonista foi um estouro. Depois disso, investir nos remakes passou a ser uma prioridade da Disney. Certamente você já se perguntou o porquê da empresa não explorar seu potencial no desenvolvimento de filmes originais. Bom, basta lembrar que Tomorrowland e Uma Dobra no Tempo passaram longe de alcançar o mesmo hype e retorno que os remakes já citados.

Quanto mais lucro, melhor

Portanto, a resposta para a pergunta do título é a mais óbvia possível, dinheiro. De qualquer forma, era importante explicar como a Casa do Rato chegou à essa estratégia. Ademais, apesar dos riscos envolvendo uma constante repetição de histórias já contadas, a Disney possui a vantagem do constante surgimento de novas gerações. Assim, sempre haverá uma história clássica a ser atualizada e a companhia sabe que lucrará com isso. Por último, mas não menos importante, vale lembrar que a aquisição da Fox trouxe para a Disney novas possibilidades. Filmes como Esqueceram de Mim, Doze é Demais e Diário de um Banana serão regravados no futuro. E então, o que você acha disso?

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