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Por que você nunca ouve falar em câncer no coração?

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O coração é um dos principais órgãos no corpo humano e também de um animal. Ele tem a função de bombear o sangue, de forma que circule por todo o sistema vascular sanguíneo através de sucessivos movimentos de contração e relaxamento. Em nós humanos, o coração tem uma massa entre 250 e 350 gramas e mede aproximadamente o tamanho de um punho. A importância do órgão é sabida por todos, assim como algumas das doenças mais comuns, que o afeta.

Hoje em dia, outra coisa bem conhecida é a ocorrência de câncer nas pessoas. É difícil encontrar alguém que não enfrentou ou conhece alguma pessoa que teve, ou está passando, por um câncer. Com o passar dos anos, os casos da doença no Brasil e no mundo, vêm aumentando. Segundo a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC – sigla em inglês), ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), essa estimativa prevê que mais de 18 milhões de casos novos de câncer foram registrados, apenas em 2018. E as pessoas, que morreram por isso, passam do número de 9,6 milhões.

Apenas no Brasil, esse índice aponta que 600 mil novos casos foram registrados em 2018, com mais de 243 mil que na métrica anterior. E os cânceres de próstata e mama são os mais comuns. Mas não quer dizer que o problema não possa aparecer em outras partes do corpo.

Lugares

Mesmo que essa doença possa acontecer em outras partes do corpo, não ouvimos falar muito sobre câncer no coração. Isso porque câncer no coração é bastante raro. Sendo sua incidência é entre 0,001% e 0,3%. Mesmo que sejam raros, eles acontecem.

Essa baixa incidência é explicada pela forma como o câncer surge no corpo. Os tumores se desenvolvem por causa da proliferação descontrolada das células. E no coração, diferente das outras partes do corpo, o ciclo da divisão de células musculares se encerra muito cedo, em nossa vida. E a partir daí, o órgão passa a crescer, conforme as células aumentam de tamanho.

Por isso, é quase zero a chance de existir uma multiplicação de forma desordenada. Isso dá uma “proteção” ao coração contra a doença, mas não 100%.

Desenvolvimento

O crescimento anormal de tecidos tem o nome de tumor, podendo ser canceroso, que é maligno, ou então, não canceroso, benigno. No coração, esses tumores são classificados por primários, que são cancerosos ou não cancerosos, ou então metastáticos ou secundários, que sempre são cancerosos.

Os primários têm origem no coração, ou seja, surgem no próprio órgão. Eles têm uma incidência baixa, geralmente, um caso a cada duas mil pessoas.

Dos tumores cancerosos primários, os mais frequentes são sarcomas, mesoteliomas e linfomas. Os sarcomas surgem nos tecidos conjuntivos, como vasos sanguíneos, nervos, ossos, gordura, músculos e cartilagem. Eles vão se desenvolvendo no átrio e bloqueiam o fluxo sanguíneo pelo coração.

O mesotelioma é um câncer que aparece a partir da membrana que recobre o coração. E ela pode disseminar para a coluna e para o cérebro. E o linfoma, é o câncer que está nos glóbulos brancos.

Caso

O caso da maioria dos tumores cardíacos cancerosos se origina em outras regiões do corpo já afetadas. Geralmente, no pulmão, mama, rim, sangue ou pele, e então, se disseminam por metástase para o coração. Os tumores cardíacos metastáticos são de 30 a 40 vezes mais comuns que os primários. Mesmo assim, são considerados de baixa incidência, quando comparado aos de outros órgãos.

Sintomas

Os sintomas de um câncer no coração variam, de acordo com onde o tumor está localizado e qual cavidade cardíaca está comprometida. A pessoa pode ter uma estenose, que é um estreitamento anormal das válvulas do coração, embolia pulmonar, arritmia, falta de ar, perda de peso ou até mesmo um AVC.

Exatamente por ter sintomas parecidos com o de outras doenças, o seu diagnóstico pode ser mais difícil. E ainda existem os casos que são assintomáticos e diminuem, ainda mais, as chances de descoberta do tumor.

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