Curiosidades

Preocupação global com o rápido crescimento do “Portal para o Submundo” na Sibéria

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Nosso planeta é imenso e guarda as mais variadas e curiosas coisas, como por exemplo, o chamado Portal para o Submundo. Ele é uma cratera gigantesca localizada no norte de Yakutia, na Rússia, na região oriental da Sibéria. A cratera de 990 metros de largura no permafrost russo está crescendo com uma taxa de aproximadamente um milhão de metros cúbicos por ano.

Claro que isso não é algo bom porque, com o derretimento do gelo do permafrost isso pode afetar o mundo todo por conta do mar de metano, que é um gás de efeito estufa 30 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono (CO2).

Portal para o Submundo

Meteored

O crescimento do Portal para o Submundo é um sinal da crise climática que estamos vivendo. Conforme os pesquisadores, a quantidade de gelo e sedimentos perdidos pela cratera é extremamente elevada, cerca de mais de 14 vezes o volume das Grandes Pirâmides de Gizé.

Ainda conforme os pesquisadores, esse processo irá causar mudanças significativas no habitat dos rios perto do Portal para o Submundo. Outro ponto é que com esse crescimento acelerado, as emissões de gases de efeito estufa também irão aumentar já que irão ser liberados sedimentos e nutrientes que estavam congelados por aproximadamente 650 mil anos. Isso irá fazer com que haja um ciclo vicioso porque foi a mudança climática que fez com que essa cratera existisse.

Porta do inferno

Mega curioso

O Portal para o Submundo não é o único lugar do planeta que foi batizado por conta do que ele poderia fazer com as pessoas. Por exemplo, os antigos romanos acreditavam que uma caverna era o portão para o inferno. E ela era tão mortal que matava todos os animais que entravam em sua proximidade, mas não prejudicava os sacerdotes humanos.

Depois de milênios, os cientistas acreditam ter descoberto o motivo disso acontecer. Uma nuvem concentrada de dióxido de carbono teria sufocado aqueles que a respiravam.

Essa caverna foi descoberta em 2011 pelos arqueólogos da Universidade de Salento. Ela tem 2.200 anos de idade e ficava localizada em uma cidade chamada Hierápolis, na antiga Frígia, que é a atual Turquia. A caverna era usada  para sacrifícios de touros guiados por Plutônio, ou Portão de Plutão, o deus clássico do submundo.

Quando os touros eram levados pelos sacerdotes para a caverna, as pessoas podiam ficar em assentos elevados para assistir enquanto os vapores que saiam do portão matavam os animais.

“Este espaço está cheio de um vapor tão enevoado e denso que mal se pode ver o solo. Qualquer animal que passar por dentro encontra a morte instantânea. Atirei pardais e eles deram o último suspiro imediatamente e caíram”, escreveu o historiador grego Estrabão.

Foi por conta desse fenômeno que os arqueólogos conseguiram localizar a caverna. Os pássaros que voavam muito perto da caverna acabavam se sufocando e caíam mortos. Isso mostrou que, mesmo milhares de anos depois, a caverna ainda continua mortal.

O que faz isso acontecer, segundo o vulcanologista Hardy Pfanz, da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, é a atividade sísmica subterrânea. Uma fissura nas profundezas da região emite grandes quantidades de dióxido de carbono vulcânico.

Os pesquisadores mediram os níveis de dióxido de carbono na arena que era conectada à caverna e descobriram que o gás, que é ligeiramente mais pesado que o ar, formou um “lago” que se elevou 40 centímetros acima do chão da arena.

Durante o dia, o gás é dissipado pelo sol. Mas de acordo com as descobertas destes pesquisadores, ele é mais mortal ao amanhecer, logo depois de uma noite de acumulação. A concentração do gás chega a mais de 50% no fundo do lago e sobe para aproximadamente 35% a 10 centímetros. Essa quantidade é suficiente para matar um humano. Mas acima dos 40 centímetros essa concentração cai rapidamente.

Dentro da caverna, os pesquisadores estimam que os níveis de CO2 variam entre 86 e 91% durante todos os momentos. Isso porque nem o sol e nem o vento entram nela.

Na época em que ela era usada, os pesquisadores acreditam que os sacerdotes que levavam os touros para morrerem na caverna sabiam das propriedades da gruta e da sua arena. E, provavelmente, eles faziam os sacrifícios ao amanhecer ou então ao anoitecer nos dias que estavam mais calmos para que o efeito da caverna fosse o máximo.

Independente de como essas cerimônias eram feitas, a descoberta por si só pode ajudar a revelar a localização de outros plutônios ao estudar a atividade sísmica.

Fonte: Meteored

Imagens: Meteored, Mega curioso

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