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Primeira ‘grande paralisação lunar’ em 20 anos acontece neste fim de semana; entenda o que é o lunistício

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Os entusiastas da astronomia terão a chance de observar mais um evento celeste neste fim de semana: a partir desta sexta-feira, será visível o primeiro lunistício desde 2006.

Esse fenômeno ocorre quando a Lua nasce e se põe nos pontos mais ao norte e ao sul do horizonte, atingindo suas posições mais altas e mais baixas, em um ciclo que se repete a cada 18,6 anos.

O que é o lunistício?

Via Pexels

O lunistício acontece quando as inclinações da Lua e da Terra atingem seus valores máximos. Neste fim de semana, o evento coincidirá com o solstício de inverno no Hemisfério Sul e de verão no Hemisfério Norte.

No dia 21, a Lua nascerá no ponto mais ao nordeste do horizonte e irá se pôr no ponto mais a noroeste, o que prolongará sua permanência no céu.

Como observar o lunistício?

Entretanto, é importante destacar que o fenômeno será visível apenas no Hemisfério Norte, e sua observação dependerá da localização específica e das condições climáticas do momento.

Portanto, não será possível avistá-lo do Brasil.

Um dos locais mais adequados para assistir ao lunistício será Stonehenge, no interior da Inglaterra.

Milhares de turistas são esperados em Stonehenge para o solstício de verão e a coincidência com o lunistício, incluindo cientistas que investigam a possível conexão entre o monumento e a grande paralisação lunar.

Além disso, alguns pesquisadores exploram a hipótese de que os construtores de Stonehenge estivessem cientes da grande paralisação lunar, fazendo com que a Lua se alinhasse com a estrutura de pedra durante o fenômeno.

O ângulo de visão da Lua varia de acordo com a latitude do observador. Além disso, a paralisação lunar não é um evento de apenas uma noite, podendo ser observado em outras noites até o próximo ano.

Por que o fenômeno acontece?

Via Pexels

A trajetória da Lua possui uma inclinação diferente em relação ao resto do sistema solar, onde planetas, planetas-anões e asteroides orbitam em um plano chamado eclíptica.

A Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a este plano. Isso resulta em uma inclinação de apenas 5,1 graus para a Lua em relação à eclíptica.

Essa inclinação faz com que os pontos de nascer e se pôr da Lua possam variar em até 57 graus ao longo do ano. Quando a inclinação de ambos os corpos celestes atinge seu máximo, ocorre a grande paralisação lunar, fazendo com que a Lua atinja seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte.

Teremos outros?

O lunistício está entre os eventos que ocorrem devido à variação do nosso satélite, mas em ciclos. Nesse caso, o ciclo dele é de 18,6 anos.

Embora a grande paralisação lunar, que é o ciclo completo de 18,6 anos, produza efeitos notáveis ao longo de vários meses, o fenômeno específico de um lunistício ocorre em um ponto particular do ciclo.

Portanto, uma vez que um lunistício ocorreu neste ano, não haverá outro exatamente igual dentro do mesmo período anual.

No entanto, os efeitos do ciclo de 18,6 anos continuarão sendo observáveis. Ou seja, a Lua poderá ainda apresentar posições elevadas e baixas extremas em relação ao horizonte em outras datas próximas.

Para eventos astronômicos precisos, vale a pena consultar um calendário astronômico detalhado para acompanhar as próximas oportunidades de ver a Lua daqui no Brasil.

Amantes brasileiros poderão visualizar o fenômeno em sites de transmissão ao vivo. Apesar da experiência não ser tão emocionante quanto ver ao vivo com um telescópio, por exemplo, é uma chance de não perder a paralisação lunar de 2024.

 

Fonte: Globo

Imagens: Pexels, Pexels

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