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Qual é a temperatura em Marte, o quarto planeta do Sistema Solar?

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Marte é um dos planetas mais explorados em nosso sistema solar, sendo o único a receber robôs da NASA com o objetivo de aprimorar a análise de campo. O quarto planeta do nosso sistema solar é, depois da Terra, o mais popular. Além disso, o sonho de existir uma civilização em Marte é alimentado quase que desde quando sua exploração começou. Mas as condições do planeta não são favoráveis, como por exemplo, a temperatura de Marte.

O Planeta Vermelho não é chamado assim à toa. Essa tonalidade tem origem no ferro oxidado da superfície dele e por conta disso as temperaturas de Marte são extremas. Agora, graças a décadas de pesquisas sendo feitas, os cientistas reuniram dados que revelaram detalhes a respeito do clima, a geologia e o potencial para a vida do quarto planeta do sistema solar.

Temperatura em Marte

Brasil escola

As condições climáticas extremas de Marte são diferentes das vistas na Terra. De acordo com a NASA, as temperaturas do planeta podem variar de 20°C a -153 °C, mas a média é em torno de -65°C.

Conforme a agência espacial norte-americana, as temperaturas do dia de Marte podem chegar a 0ºC, que são comparáveis ao inverno da Terra. Contudo, por conta da atmosfera do planeta ser extremamente fina, ele não consegue reter o calor do sol e isso faz com que à noite as temperaturas caiam para -129ºC.

Ainda segundo a NASA, a atmosfera fina de Marte é o que gera um fenômeno térmico interessante. “Se você ficasse na superfície de Marte, na altura da Linha do Equador, ao meio-dia sentiria a primavera em seus pés (com temperaturas de 24°C) e o inverno em sua cabeça (chegando a 0°C)”, explicou a agência.

Mesmo com essas oscilações vistas na temperatura de Marte, os pesquisadores querem descobrir se esse planeta já teve a capacidade de abrigar vida em algum momento do passado e se ele poderia suportá-la no futuro. Por conta disso que as explorações do Planeta Vermelho não param.

Colonizar

Realidade simulada

Como dito, saber a temperatura de Marte e outras coisas a respeito do planeta fazem com que os estudos sobre colonizar o planeta fiquem cada vez mais “reais”, tendo dados corretos.

Mas antes de uma civilização em Marte acontecer, os humanos têm que conseguir colonizar o Planeta Vermelho. E quantas pessoas uma possível colônia no Planeta Vermelho teria? Segundo um estudo recente, o número pode ser menor do que o visto na ficção. De acordo com ele, seria preciso aproximadamente 22 astronautas para que uma colônia fosse construída e mantida em Marte.

O número parece baixo, mas na visão dos pesquisadores, ele seria o suficiente para sustentar um habitat. O choque com esse número relativamente pequeno vem porque os estudos anteriores sugeriam que seria preciso, pelo menos, 100 pessoas para que esse feito acontecesse.

Claro que a vida em Marte ainda é uma coisa distante da realidade, mas isso não impede que algumas previsões sejam feitas. Tanto é que uma análise preliminar feita pelos cientistas da Universidade George Mason, nos EUA, foi feita, mas ainda não foi revisada por pares.

Em sua análise, os cientistas usaram estudos anteriores que falavam que seria necessário entre 100 e 500 pessoas para formar uma colônia autossustentável em Marte. Além disso, eles levaram em consideração o comportamento psicológico e social humano e a continuidade das interações entre as pessoas para calcularem uma nova estimativa.

Durante 28 anos, os cientistas fizeram cinco modelos de simulação diferentes analisando diferentes cenários de colônias com uma quantidade de pessoas variando entre 10 e 170 pessoas.

Essa técnica é conhecida como modelagem de sistemas baseada em agentes. Os astronautas dessa simulação tinham perfis e características variadas, com diferenças nas habilidades, resiliência, metabolismo e níveis de estresse.

Nas simulações, os colonos podiam interagir entre eles, produzir ou consumir recursos, terem problemas de saúde, serem removidos da simulação se não tivessem recursos suficientes e até morrer. Com isso foi visto que, com pelo menos 22 pessoas, já seria o suficiente para que uma colônia fosse construída e sustentada em Marte.

“Queríamos mostrar que, se negligenciarmos os aspectos sociais, comportamentais e psicológicos das explorações espaciais, podemos errar grosseiramente em nossas estimativas, previsões e projeções”, disse Anamaria Berea, professora de ciências computacionais e de dados da George Mason University, coautora do estudo.

Além disso, a natureza inóspita de Marte deve ser levada em consideração. Até porque, conforme apontam os cientistas, isso faz com que qualquer habitat que seja construído lá deva ser autossustentável.

Fonte: National geographic,  Gizmodo

Imagens: Brasil escola, Realidade simulada

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