Curiosidades

Quimera, o terrível híbrido da mitologia grega

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A mitologia grega é formada por um conjunto de lendas e mitos, que foram criados pelos gregos durante a antiguidade. Em suma, o objetivo principal de tais histórias era explicar certos fenômenos. O intuito era, basicamente, explicar a origem da vida, a vida após a morte, ou até mesmo fenômenos da natureza.

Assim, a criação dessas narrativas foi a maneira que os gregos encontraram para preservar a própria história. Basicamente, todos esses mitos, hoje, nos ajudam a entender as relações humanas da época. Além disso, tais histórias revelam também o entendimento do mundo, que os gregos carregavam.

Atemporais e eternas, a maioria das narrativas gregas é ilustrada por deuses, deusas, batalhas heroicas e jornadas no mundo subterrâneo. Por meio dessas narrativas, tivemos a oportunidade de conhecer um verdadeiro bestiário. Dentre todas as bestas apresentadas pelos gregos, há uma que merece atenção: a Quimera.

A Quimera

Basicamente, a Quimera era uma criatura que possuía traços de leão, cabra e serpente. Essa estranha e aterrorizante besta era considerada invencível. Descrita como um monstro assustador e terrível, a criatura foi fruto da união entre Equidna e o gigantesco Tífon.

Em contrapartida, há também relatos que apontam a Quimera como filha da Hidra de Lerna e do Leão de Neméia. Independente da origem, essa figura sempre exerceu atração sobre a imaginação popular. Em suma, a mais comum foi na arte cristã medieval, que a transformou em um símbolo do mal.

Analogamente, a Quimera foi criada pelo rei de Cária, Iobates. O rei a criou para destruir o reino vizinho da Lícia. Por praticamente ‘vomitar’ fogo, o rei procurou, incessantemente, um herói que fosse capaz de destruir a criatura. Aquele, que fosse capaz de tal feito, poderia se casar com sua filha.

Foi, nesse momento, que o reino de Iobates foi agraciado pela presença de Belorofonte. Belorofonte, montado em seu cavalo alado Pégasus, matou a Quimera num só golpe. Reconhecendo a bravura de Belorofonte, o rei Iobates não teve outra alternativa, senão conceder a mão de sua filha em casamento.

Representação cultural

A Quimera surge na mitologia grega antiga, aparecendo em pinturas já no século VI a.C e em textos no século VIII a.C. Os melhores estudiosos do período grego, incluindo Plínio, o Velho, Sêneca, Cícero, Virgílio, Ovídio, Homero, Platão, Pindar, Hesíodo, etc, contribuíram para a lenda do monstro.

Três mil anos antes da Quimera grega aparecer, os egípcios adoravam um deus com características similares. Em suma, a deusa do sol dos egípcios, chamada Sekhmet, foi descrita, diversas vezes, em relatos históricos como um leão que cospe fogo. Por esse motivo, muitos acreditam que a lenda de Sekhmet pode, possivelmente, ter inspirado a origem da Quimera da mitologia grega. Até hoje a figura é utilizada. Franquias contemporâneas, como, por exemplo, Yu-Gi-Oh, Ira dos Titãs, Percy Dragon, American Dragon, Final Fantasy e World of Warcraft usaram a Quimera, para testar seus heróis.

Atualmente, na linguagem popular, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de disparates e elementos incongruentes, que não têm apoio na realidade. Em suma, significa um sonho impossível de acontecer e designa o que é fantástico, o que vive na imaginação. Em suma, algo tão absurdo que chega a ser utópico.

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