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Respirador de baixo custo é criado pela USP

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O mundo inteiro está de olho no novo coronavírus. O vírus, que foi identificado primeiro em Wuhan, na China, logo se espalhou por todo o mundo e já infectou dezenas de milhares de pessoas. Cidades e países inteiros entraram em quarentena, obrigando sua população a ficar isolada dentro de suas casas. Essa é a medida mais prudente. Além de ser quase a única, para tentar conter os casos de pessoas infectadas.

Algumas pessoas infectadas com o novo coronavírus podem apresentar sintomas leves. E as Secretarias de Saúde do mundo todo dizem que, se esse for o caso, que essas pessoas se isolem totalmente, mas que fiquem em casa. Contudo, há casos que os sintomas ficam mais sérios. Sendo assim, essas pessoas precisam de um auxílio médico.

E o crescente número de infectados está fazendo com que os hospitais fiquem cheios. O que dificulta o atendimento de todos. Além do atendimento, também faltam equipamentos para atender todos os infectados. Como o respirador, que é de suma importância no caso de pacientes mais graves. Especialmente, porque eles têm dificuldades em respirar.

Felizmente, pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP fizeram um projeto de ventilador pulmonar de baixo custo em um tempo recorde. Basicamente, o protótipo que eles criaram foi feito para conseguir atender a alta demanda por esse equipamento e suprir a falta existente hoje em dia nos hospitais.

Equipamento

O projeto recebeu o nome de INSPIRE. Em suma, foi feito com uma tecnologia 100% nacional. Já que as fronteiras estão fechadas e a importação de material está sendo uma dificuldade, os pesquisadores pegaram a tecnologia nacional. Basicamente, a utilização de produtos nacionais fez com que esse equipamento ficasse ainda mais acessível.

“O motivo de se desenvolver este tipo de ventilador de pulmão emergencial parte de algumas premissas. Uma delas é que a cadeia de produção instalada deste tipo de equipamento talvez não consiga aumentar sua produção para a demanda da população brasileira nas próximas semanas. Seria necessário ter um equipamento que pudesse atender a população que ficaria desassistida neste caso”, explica o professor Raul González Lima, especialista em Engenharia Biomédica e um dos coordenadores do projeto.

Além do que, o sistema de saúde já está trabalhando no seu limite. E, possivelmente, faltariam esses ventiladores nos hospitais. O que é mais um motivo para a criação e produção de uma tecnologia brasileira, Algo que pode resolver essa questão.

Custo

O respirador ainda está sendo aprimorado, mas o protótipo já está concluído e o projeto já passou para a fase de produção. Ele foi aprovado nos testes com humanos e já está próximo de ser liberado para o uso em hospitais.

Os testes aconteceram entre 17 e 19 de abril e foram feito em quatro pacientes do Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Além disso, o respirador foi aprovado no estudo, inclusive no modo assistido controlado por pressão.

E o melhor de tudo é que esse respirador nacional é de baixo custo. Enquanto um respirador convencional custa aproximadamente 15 mil reais, o criado pela Poli conseguirá ser produzido com mil reais. Mesmo a criação sendo da Poli, o projeto tem licença open source. Isso quer dizer que ele está aberto para a utilização.

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