Por E se uma ameaça cósmica estiver vindo para o nosso planeta?
A Terra sempre recebe energia e partículas do universo ao seu redor. Parte desse bombardeio vem dos chamados raios cósmicos.
Em geral, essas radiações não afetam a nossa saúde. Mas o mesmo não se pode dizer da nossa tecnologia, que enfrenta sérios problemas nestas condições.
Os raios cósmicos vêm de lugares como o Sol, supernovas e os restos que essas explosões deixam para trás, como pulsares ou buracos negros. Estas partículas precisam ser aceleradas muito rapidamente para viajar através da vasta atmosfera e chegar à Terra.
Defesa
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Nosso planeta é muito bom em se proteger e bloquear grande parte dessa radiação. O campo magnético da Terra ajuda a capturar ou desviar essas partículas.
Às vezes, isso resulta na exibição de auroras, luzes dramáticas que aparecem no céu acima dos pólos. Quando a radiação é mais forte, podemos ver essas luzes tão ao norte e ao sul do globo.
Chris Frost, chefe de irradiação do ISIS Neutron and Muon Source, no Reino Unido, disse que a atmosfera nos protege dessa possível ameaça cósmica. No entanto, ainda existem algumas chuvas muito fracas.
Mesmo sendo pouco, esse ponto se tornou alvo de discussão e avaliações entre os cientistas.
No entanto, temos uma solução: uma nova linha de luz especializada para iluminar dispositivos microeletrônicos com nêutrons cósmicos foi inaugurada no laboratório.
ChipIr, um instrumento que testa como os microchips reagem aos raios cósmicos. Nós, humanos, estamos acostumados com os raios cósmicos que nos atingem, mas a tecnologia moderna não. É exatamente isso que estão pesquisando nesta “fábrica de raios cósmicos”.
Tecnologia pode sofrer?
Essa ameaça cósmica pode interferir em sinais de rádio e danificar seriamente dispositivos como telefones celulares ou dispositivos GPS. Existem também efeitos mais sutis.
Quando um raio cósmico atinge um chip de computador, pode causar vários tipos de erros. Um exemplo muito comum é um erro de bit, um erro de memória em que um bit de computador muda de 0 para 1 ou vice-versa.
Muitos sistemas possuem algoritmos de correção de erros otimizados para isso.
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Por exemplo, atualmente, carros autônomos que utilizam Inteligência Artificial não podem encontrar esse tipo de erro. Se o fizerem, poderão interpretar mal os sinais de trânsito ou não conseguir ver outras pessoas ou veículos.
Portanto, testar esses sistemas na indústria de raios cósmicos é importante para garantir que sejam seguros.
No ChipIr, uma tecnologia é exposta a uma chuva de 1,5 bilhão de nêutrons. Uma hora lá dentro equivale a 170.000 anos de chuva de raios cósmicos.
O especialista indica que essas ações servem para garantir que coisas importantes, tanto de segurança quanto de negócios, sejam mais confiáveis e não sofram no futuro.
Registros
A maior tempestade já registrada foi o evento Carrington de 1859. Instalamos linhas telefônicas em todo o mundo. Embora os raios cósmicos sejam comuns, às vezes eles são mais fortes, como no mês passado, especialmente agora que o Sol está mais ativo.
Se uma tempestade poderosa como esta atingisse a Terra hoje, com toda a tecnologia disponível, muitas coisas poderiam ser interrompidas, tais como rádio, GPS, satélites, electricidade, Internet e muito mais. Daí a importância de garantir que a nossa tecnologia seja imune aos raios cósmicos.
Além disso, nos últimos meses vivenciamos uma chuva de radiação que impactou visivelmente a Terra. Foi o caso das auroras boreais, por exemplo, em diversos pontos do planeta, e não apenas em países comuns de acontecer.
A movimentação do Sol e as tempestades que aconteceram foram os primeiros sinais que alertou os cientistas. Agora, eles se preparam para lidar com a próxima ameaça cósmica possível.
Fonte: Olhar Digital
