Natureza

Terremoto mudou curso de um dos maiores rios do mundo

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O curso do Ganges, um dos maiores rios do Mundo, foi alterado há cerca de 2.500 anos, após um terremoto devastador. A informação vem de um estudo publicado em 17 de janeiro, que mencionou o risco de grandes terremotos no sul da Ásia.

Os pesquisadores descobriram que este grande terremoto ocorreu na região do Ganges, onde hoje é Bangladesh.

O Ganges é um dos maiores rios do Mundo e forma o segundo maior sistema fluvial depois do rio Amazonas. Ele percorre mais de 2.500 km pelo norte da Índia e Bangladesh, até entrar na Baía de Bengala.

Na verdade, à medida que o rio muda de curso, os sedimentos sobem gradualmente, eventualmente fazendo com que o nível do rio suba. No entanto, quando um terremoto altera o fluxo do rio, ocorrem deslizamentos de terra imediatamente.

Areia comprimida em um dos maiores rios do mundo

Via Flickr

Em um novo estudo, os cientistas examinaram características únicas dos sedimentos num lago recém-escavado perto da capital do Bangladesh.

Os pesquisadores notaram que existe a presença de diques verticais de areia nos dois lados das margens. Essa é uma característica dos terremotos. Os diques ocorrem quando os terremotos comprimem a areia subterrânea e a bombeiam para o subsolo.

Assim, segundo os pesquisadores, os diques de areia surgiram na mesma época, há cerca de 2.500 anos. Segundo a pesquisa, esta é uma evidência de que os terremotos podem alterar o fluxo de um grande rio. Além disso, mostra como este terrível fenômeno pode ameaçar cidades em áreas vulneráveis.

Os investigadores também concluíram que, de fato, houve uma grande convulsão – uma série de processos que fizeram com que o rio mudasse de curso – e que um terremoto de magnitude 7 a 8 atingiu esta área do rio Ganges.

Segundo a pesquisa, a causa do terremoto foi o possível movimento de uma grande placa subaquática em Bangladesh.

Curso de um rio

O curso de um rio pode ser dividido em três partes principais: o curso superior, o curso médio e o curso inferior. Cada uma dessas partes apresenta características distintas em termos de relevo, velocidade da água, erosão e deposição.

No curso superior, o rio está mais próximo de sua nascente, geralmente em regiões montanhosas ou de relevo elevado. Aqui, o rio possui um grande declive, fazendo com que a água flua rapidamente.

Essa rapidez confere ao rio uma grande capacidade erosiva, resultando na formação de vales profundos e estreitos, desfiladeiros e cachoeiras. A erosão predominante é a vertical, cavando o leito do rio.

Enquanto isso, à medida que o rio desce para o curso médio, o relevo se torna mais suave e o declive diminui. Isso faz com que a velocidade da água reduza, resultando em uma menor capacidade erosiva vertical e maior capacidade de transporte de sedimentos.

O leito do rio começa a se alargar e os vales se tornam menos profundos e mais largos. Nesse estágio, ocorre tanto erosão quanto deposição, formando meandros (curvas acentuadas no curso do rio) e planícies de inundação.

Via Flickr

Término

Por fim, no curso inferior, o rio se aproxima da sua foz, onde deságua em um corpo maior de água, como um mar ou um lago. O relevo é geralmente plano e a velocidade da água é baixa.

A capacidade de transporte de sedimentos é menor e a deposição de sedimentos se torna predominante. Aqui, o rio pode formar deltas, que são depósitos de sedimentos na foz, e alagados. O leito do rio é amplo e o fluxo de água é mais lento e constante.

Nesse caso, o que aconteceu em um dos maiores rios do mundo é essa mudança na parte de sedimentos no subsolo. Assim, altera seu caminho e compromete seu deságue. No entanto, isso não impediu que o Ganges continuasse imponente e seguindo sua missão.

 

Fonte: UOL, UOL

Imagens: Flickr, Flickr

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