Curiosidades

Tesouro bilionário de naufrágio é motivo de batalha judicial

0

A maioria das pessoas já brincou de caça ao tesouro quando era criança. Sair procurando pistas para, no final, encontrar uma recompensa é bastante emocionante. Infelizmente, não existem mapas do tesouro com um “X” marcado no local exato onde a descoberta estará. Mas isso não impede que pessoas o procurem e encontrem. Como no caso do tesouro bilionário desse naufrágio.

No caso, o tesouro do naufrágio vale aproximadamente 20 bilhões de dólares, equivalente a 98 bilhões de reais, e ele está nas profundezas do mar do Caribe há mais de 300 anos. O galeão espanhol San José que naufragou estava transportando ouro, prata e esmeraldas e o acidente ficou conhecido como “Santo Graal dos naufrágios”.

Por serem materiais bem valiosos, vários planos já foram feitos para recuperar esse tesouro. Contudo existe um obstáculo: quem é o dono do tesouro desse naufrágio?

Como aconteceu

Olhar digital

O naufrágio do galeão espanhol San José  aconteceu no dia oito de junho de 1708 na Guerra da Sucessão Espanhola e se tornou um evento histórico. No caso, o San José era um navio de guerra espanhol parte da frota do Império Espanhol.

A embarcação estava cheia de tesouros, como ouro, prata e pedras preciosas para poder financiar as operações militares do rei Filipe V da Espanha na América do Sul. Mas o navio acabou sendo atacado por uma frota britânica liderada pelo almirante britânico Charles Wager. Com isso, ele acabou naufragando perto da costa de Cartagena, na Colômbia.

Como resultado, o navio e o tesouro foram perdidos. E o que faz com que esse naufrágio seja tão importante para a história é justamente as riquezas que se perderam junto como ele.

Tesouro do naufrágio

Olhar digital

O governo da Colômbia apresentou recentemente um plano para fazer o resgate do tesouro desse naufrágio. Mas esse plano é um dos capítulos da batalha judicial intensa sobre esse caso que parece estar longe do seu fim.

De acordo com a empresa norte-americana Glocca Morra, agora conhecida como Sea Search Armada, foram eles que descobriram aonde estava o navio em 1981. Então, a empresa deu a informação para o governo da Colômbia com a promessa de que metade do tesouro seria seu.

Contudo, em 2015, o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que o naufrágio do San José tinha sido encontrado pela marinha do país em um local diferentes nas profundezas do oceano. Com isso, a Sea Search Armada contestou a informação e sugeriu que a afirmação era, na realidade, um esquema para autoridades do país para que elas pudessem ficar com a totalidade do tesouro do naufrágio.

Como se não bastasse essa briga, a Espanha também já reivindicou direito ao tesouro dizendo que San José era um navio espanhol. Além desse país, Peru e Panamá dizem que a carga do navio foi roubada das suas terras e por isso eles teriam direito de explorar os bens do naufrágio.

Na briga judicial também está um grupo indígena da Bolívia, os Qhara Qhara. De acordo com eles, seus ancestrais foram forçados pelos colonizadores a retirar o tesouro de sua terra natal.

Procura

Galileu

No caso desse tesouro do naufrágio, todas as partes sabem onde ele está e a briga é por quem tem direito a ele. Mas em outros casos, a busca é feita sem um local exato. Como no caso da Ilha Oak, na costa da Nova Escócia, no Canadá. Ela é explorada por caçadores de tesouros que buscam relíquias que supostamente foram escondidas por lá.

De acordo com um lenda regional, os tesouros foram enterrados na ilha a 30 metros de profundidade. Alguns deles podem ter relação com várias figuras históricas, como por exemplo, Capitão Kidd, notório pirata escocês; a rainha francesa Maria Antonieta; e até os cavaleiros medievais da Ordem dos Templários.

Essa caça ao tesouro na ilha de 567 metros quadrados começou em 1795. Nessa época, Daniel Mclnnes, ainda adolescente, teria visto uma depressão no solo perto de um lugar onde algumas árvores tinham sido derrubadas. Ele imaginou que poderia ter encontrado ouro porque a área era um refúgio de piratas. Então, junto com dois amigos eles escavaram o lugar e encontraram um poço de 30 metros de profundidade, que tinha plataformas de madeira a cada 3 metros.

Um desses amigos era Jack Smith, que acabou comprando o lote, e junto com Simeon Lynds fundou a Onslow Company em 1803 para continuar essa procura por tesouro. Um ano depois, eles disseram que encontraram uma laje com uma mensagem criptografada a 27 metros. Depois de decodificar a mensagem, eles viram que ela dizia: “Quarenta metros abaixo, dois milhões de libras estão enterrados”. Contudo, ninguém sabe onde está localizada essa rocha.

Em 1849, Jack fundou outra empresa para ter o comando das buscas e tentou várias formas para coletar amostras o mais profundo possível. Contudo, como o poço estava conectado com a Baía de Mahone, ele inundava quando a maré crescia.

A partir de 1860, vários outros infortúnios aconteceram, como por exemplo a morte de um operário e o desabamento do poço original. O desmoronamento do poço aconteceu quando a Oak Island Treasure Company perfurou o poço a uma profundidade de aproximadamente 50 metros. Quando eles viram sua broca voltando, ela tinha manchas de ouro e um fragmento de pergaminho de pelo de carneiro com um escrita fragmentada.

Por conta de todas essas histórias, até meados do século XX várias empresas tentaram fazer escavações e vários operários se feriram fatalmente nessa exploração. Mesmo assim, radiestesistas, tarólogos, clarividentes, intérpretes de sonhos, arqueólogos psíquicos e outros “especialistas sensitivos” fizeram suas tentativas de encontrar o tesouro da ilha.

Em 2000, Joe Nickell,  conhecido por suas investigações sobre fenômenos paranormais, escreveu algumas explicações possíveis para os aspectos da lenda do tesouro da ilha e postulou um teoria interessante. De acordo com ele, tudo pode ser uma lenda de origem maçônica porque alguns  dos elementos que foram encontrados na ilha aparecem repetidamente na tradição da Maçonaria.

Fonte: Olhar digital, Galileu

Imagens: Olhar digital, Galileu

Se a Internet trouxe o spam, as IAs agora trazem o slop: entenda significado do termo

Artigo anterior

Mudanças no rio São Francisco resultaram nesta espécie de passarinho

Próximo artigo