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Tudo o que você precisa saber sobre os incêndios na Austrália

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A Austrália vive um dos piores incêndios florestais dos últimos anos. O fenômeno, que começou em setembro de 2019, é natural. Basicamente, iniciou-se pela combinação de temperaturas superiores a 40º C e uma quantidade insuficiente de chuva, que deixam a vegetação extremamente seca. Além disso, os ventos fortes, típicos dessa época do ano agravam a situação, proliferando as chamas por vários quilômetros

Desde que os incêndios começaram no país, as chamas alastrou-se em cinco dos oito estados. Nos últimos dias, dezenas de focos invadiram cidades e campo. De acordo com as autoridades locais, até sexta-feira (3), 19 pessoas morreram, 18 estão desaparecidas e cerca de 100 mil haviam sido desalojadas.

Parâmetro

Até o momento, estima-se que cerca de 1,6 milhão de hectares e quase 600 casas já foram atingidos pelo fogo. No estado de New South Wales, por exemplo, uma área cinco vezes maior que a cidade de Londres foi disseminada pelos incêndios.

Além disso, 8.000 coalas, animal encontrado somente na Austrália, morreram. Segundo as autoridades, os números devem aumentar. Afinal, um dos focos avança em direção a uma reserva que abriga centenas de colônias da espécie.

Australianos e turistas estão sendo forçados a abandonar residências e hotéis. Para escapar da onda de incêndios florestais que atinge o país, todos estão fugindo em direção às praias. Assim como outros países de regiões áridas e quentes, a Austrália lida com os incêndios florestais.

Desde 1851, os incêndios já foram responsáveis por 800 mortes e um prejuízo de bilhões de dólares. Nos últimos anos, porém, devido às condições climáticas, têm se tornado mais frequentes e duradouros. Recentemente, as autoridades locais informaram que os incêndios atuais prosseguir por meses.

A efeito de comparação, a crise de incêndios na Amazônia, que ocorreu em 2019, devastou cerca de 9.000 km². Imagens das cidades de Sydney, Melbourne e Mallacoota mostram o céu vermelho. Efeito ocasionado por causa do fogo. Na Nova Zelândia, após o contato com a fumaça e as cinzas, as geleiras adquiriram tons de marrom.

Estado de emergência

Em consequência da fumaça tóxica em Sydney, médicos vêm advertindo para um estado de “emergência em saúde pública”. Os hospitais estão lotados de pacientes. Ali, muitos reclamam de problemas respiratórios e/ou cansaço. De acordo com especialistas, os sintomas são consequência das temperaturas elevadas.

As regiões de Victoria e Nova Gales do Sul, no sudeste do país, estão entre as mais atingidas. Mais de 50 mil pessoas ficaram sem energia. Muitas, por exemplo, não têm acesso à água potável ou a alimentos básicos, como pão e leite.

Para as autoridades, a tendência é que situações como a deste ano piorem. O país sofre anualmente uma diminuição drástica de umidade relativa do ar. Além disso, por receber diferentes influências, o tempo na Austrália pode mudar muito de um ano para o outro. Ou seja, a mudança favorece o surgimento de eventos extremos, como secas, ondas de calor, inundações e até incêndios.

A Austrália é um dos países que mais contribuem para o efeito estufa no mundo. O país, nesse ínterim, é responsável por 5% das emissões de poluição. Acredita-se que se os planos do governo de expandir a indústria de carvão e de combustíveis fósseis seguirem adiante, e o restante do planeta adotar o Acordo de Paris, a Austrália poderá se tornar responsável por 17% de todas as emissões até 2030.

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