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Vaga-lumes enfrentam extinção devido à perda de habitat, pesticidas e poluição luminosa

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Embora ultimamente o declínio da população tenha recebido muita atenção, um novo estudo revela que outro inseto popular está no mesmo barco. Esses insetos são os vaga-lumes. Devido às graves mudanças climáticas, os vaga-lumes também estão lutando para sobreviver.

Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, as muitas espécies de vaga-lumes, em todo o mundo, podem estar em risco de extinção. Atualmente, existem mais de 2.000 espécies e muitas delas correm risco de serem eliminadas, devido à perda de habitat, exposição a pesticidas e até poluição luminosa.

O estudo, divulgado na revista BioScience, foi realizado por cientistas filiados ao Firefly Specialist Group, da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), que compila a Lista Vermelha Mundial de Espécies Ameaçadas.

Os vaga-lumes

Para muitos, os vaga-lumes estão entre os seres mais admirados. A capacidade de “acender” – também conhecida como bioluminescência – é desencadeada por uma reação química, que ocorre dentro dos órgãos do abdômen. Esse fenômeno, por exemplo, estimulou o ecoturismo, em lugares onde os vaga-lumes se reúnem em massa.

Os vaga-lumes representam 38% das espécies conhecidas de insetos e exibem características incrivelmente diversas. Além disso, os habitats desses insetos também são bastante diversos, pois podem ser encontrados em florestas, pântanos e pântanos.

Infelizmente, à medida que os humanos ocupam tais locais, os habitats dos vaga-lumes estão acabam sendo destruídos. Os pesquisadores, envolvidos no estudo, citam a perda de habitat, como um dos principais contribuintes para a ameaça de extinção do inseto.

“Algumas espécies são atingidas especialmente pela perda de habitat, pois precisam de condições específicas para completar seu ciclo de vida”, disse Sara Lewis, bióloga da Universidade Tufts, em Massachusetts, e principal autora do estudo.

Destruição dos habitats

Os manguezais da Malásia, por exemplo, são especialmente importantes para os vaga-lumes durante a fase larval, mas os locais, hoje, estão sendo destinados a construção de fazendas para a criação de peixes e plantações de óleo de palma.

Já nos Estados Unidos, a costa ao longo das margens de Delaware – que foi invadido pelo desenvolvimento comercial – afetou severamente a população de vaga-lumes na área.

Além disso, existem algumas espécies que comem apenas alguns tipos específicos de presas. Se as áreas onde os vaga-lumes encontram alimentos passem a ser transformadas, esses insetos terão que lidar com a escassez de alimentos.

“Vaga-lumes são indicadores da saúde do meio ambiente e estão sumindo do mundo como resultado do prejuízo e degradação de seu habitat, poluição dos rios, aumento do uso de pesticidas em agroecossistemas e aumento de poluição luminosa em áreas de habitação humana”, disse Christopher Heckscher, entomologista da Universidade Estadual de Delaware, que cataloga os vaga-lumes há mais de 20 anos.

A perda severa de habitat não é o único fator que ameaça os insetos. No leste da Ásia e na América do Sul, a maior ameaça é realmente a poluição luminosa. As lâmpadas das ruas e as luzes da cidade podem ser inofensivas para os seres humanos mas, para os vaga-lumes, as mesmas provocam grandes perturbações em suas atividades.

A poluição luminosa, por exemplo, pode interferir nos biorritmos naturais do inseto e perturbar seus hábitos de acasalamento. Sabendo disso, o portal americano Treehugger separou quatro formas simples de diminuirmos nosso impacto ambiental e evitarmos o desaparecimento dos vaga-lumes definitivamente:

– Evitar o uso de pesticidas químicos;

– Não eliminar vermes, caramujos e lesmas – desse modo, as larvas dos vaga-lumes podem se alimentar;

– Desligar as luzes sempre que possível;

– Providenciar grama, folhagens e arbustos, que são bons ambientes para vaga-lumes.

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