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Veja como foi a criação do universo, segundo a Mitologia Egípcia

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O mundo é mundo desde antes mesmo de nascermos e existirmos para, pelo menos, pensar nisso. Pensar em como tudo foi criado está entre as coisas que mais intrigam a mente das pessoas. Existem diversas crenças, de vários povos e religiões. A criação do universo vai ainda além e a mitologia egípcia, talvez, seja a mais rica em detalhes.

Por vivermos no Brasil, talvez, saibamos apenas a mitologia cristã a respeito da criação do universo. Há, é claro, quem goste de expandir esse conhecimento e é isso que visamos com essa matéria. Buscamos algumas histórias egípcias, que dizem como o universo foi criado segundo a crença desses povos antigos. Confira conosco a seguir, e se surpreenda, afinal, sua companhia é muito importante pra gente.

Mitologia Egípcia

Falar de mitologia da criação, segundo os egípcios, sem se lembrar de Atum é quase um pecado. Esse era um neter, adorado em Heliópolis, que significa basicamente “antiguidade”. É ainda o resultado de uma transformação de Nun, primeiramente conhecido por ser subjetivo, que se torna um ser objetivo. Ele aparece cedo, nas histórias, como um deus primordial e criador, sendo o responsável por uma explosão, que gerou os outros corpos celestes do nosso universo, mas esse teria sido um evento pré-planejado. Atum cria o Sol da tarde, e quando “torna-se a si mesmo”, ganha a forma de Rá, que é o Deus do Sol do antigo Egito.

Rá então inicia a formação dos neteru, que geraram o Sol da manhã. Atum, que seria então o criador do Céu e da Terra, acaba separando essas duas partes e, posteriormente, se uniu a Rá, transformando-se no que conhecemos como Atum-Rá. Como estava sozinho no universo, decidiu fazer a sua primeira criação, sem precisar de uma relação sexual para isso.

Mas a decisão dele foi ainda mais polêmica. Digamos que a parte sexual escolhida por Atum, neste caso, envolvia apenas ele mesmo. Sim, de acordo com o que contam as histórias, Atum se masturbou para aliviar a solidão que sentia. Assim, seu sêmen, misturado com sua respiração ofegante, deram origem à Tefnut, que é a umidade e à Shu, a secura. De Shu e Tenuf, nasceram Geb, que é a terra, e Nut, que é o Céu.

Continuação da criação

A criação não parou por aí. Shu, em um ato de rebeldia e separação dos demais, deu origem à Ausare. Esta é nada menos do que a morte. Na sequência, veio Set, que era o deserto; Aset, que era a vida, e, por fim, Nebet, a fertilidade do solo. Resumindo, naquele momento, o processo de criação do universo estava avançando cada vez mais. Lembra que falei de Rá? Ele também participou, de forma individual, na criação do universo, antes de se juntar a Atum. Ele foi o criador das forças primordiais de Nu, que é a água; Amon, o ar; Kuk, a escuridão e Huh, a eternidade.

Antes da fusão, Atum e Rá eram os líderes de dois grupos rivais existentes no universo. Com a junção, começou então a criação do nosso planeta, assim como o conhecemos. A criação e a origem da Terra sempre intrigaram diversas tribos primitivas, de todos os continentes. É uma dúvida que então ecoa por toda a história, de norte a sul, leste e oeste, abrangendo praticamente todas as civilizações que existiram.

No Egito, como já sabe, foram vários deuses que fizeram com que isso acontecesse. Para ser mais exato, foram dez deuses da criação, que deveriam ter arrastado o mundo, para fora do caos primordial. Você aí, sabe quais são todos eles e quais os feitos de cada um?

Neith, ou melhor Neite, é uma das deusas responsáveis pela criação do mundo. Ela é a representação da guerra e da caça, criadora de deuses e homens, uma divindade funerária e deusa inventora. A deusa tinha a forma de uma mulher e usava a coroa vermelha, do Baixo Egito.

Deuses

Precursora de Diane, Neite usava, em suas mãos, um arco e flechas e é conhecida como a eremita, que criou o mundo usando 7 palavras, ou como muitos creem, 7 certeiras flechas. As lendas dizem que ela ajudou na criação do Sol, ao lado de Sobek, o mestre dos pântanos. Sua contribuição, para a criação, é considerada, por diversas pessoas, a mais importante de todas.

Ptá é outro deus da criação. Na mitologia egípcia, ele é o demiurgo de Mênfis, deus dos artesãos e arquitetos. Ele é taxado como o deus que criou a vida, pois concebeu o mundo em seu coração, antes mesmo de criá-lo com suas mãos. Todo o seu poder vem do empréstimo de algumas virtudes, vindas de Atum.

Ptá é apresentado como um homem com um gorro na cabeça. Em suas mãos, ele segura o símbolo da cruz egípcia e também o cetro Ouas dos deuses.

Daí vem Ogdóade, que não era um deus como estamos acostumado a ver. Esse é, na verdade, um grupo de divindades, composto por dois casais de serpentes e dois casais de sapos. Os deuses personificavam elementos da criação, como líquido infinito, obscuridade primordial e fertilidade das inundações. Essas fertilizavam o solo e traziam consigo répteis e anfíbios do alto platô. Foram de grande importância para a criação do mundo.

Influências na mitologia egípcia

Não teria como fazer um mundo sem a inteligência, não é mesmo? Pois bem, o responsável por isso, na criação do nosso universo, foi Tote, o deus do conhecimento, da sabedoria, da escrita, da música e da magia. Ele é representado por um homem com a cabeça de um Ibis. Tote criou o mundo pela palavra e tornou-se, ao lado de Osíris, o juiz das almas. Em Memphis, no Reino Antigo, ele foi considerado, por todos, o “guardião da verdade”, por causa de sua forte influência e sabedoria.

Harsafés era o deus da mitologia e também ligado à criação de tudo. O deus é representado por um homem com cabeça de carneiro, usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Esses foram os símbolos do seu verdadeiro poder, que ele exerceu, principalmente, durante o tempo do Reino Médio, quando sua cidade foi escolhida como a capital do Reino. Harsafés foi considerado um deus da criação local e foi um dos responsáveis pela fertilidade e reprodução.

Você já deve ter ouvido falar do próximo deus presente na criação do universo. Hórus era representado por um homem, com a cabeça de um falcão, com o Sol na testa. Hórus era um deus da criação local e o seu culto permaneceu de pé, até o período do Reino Antigo, quando foi gradualmente substituído por Amon, o deus invisível e onipresente. Ele atuou na criação, lidando com seres vivos, tanto que tornou-se o rei dos vivos  e do céu. Havia também uma deusa, representada como uma vaca primitiva, que flutuava sobre as águas, simbolizando a vida aquática. Essa era Methyer. Segundo as lendas, ela foi a encarregada de dar à luz ao Sol.

Finalização dos trabalhos

Ela protegeu a estrela e a colocou entre os chifres. Esse era o seu jeito de oferecer proteção, pois os chifres eram curvados, na forma de uma lira. Na criação de tudo, Khnum foi um dos maiores destaques. O deus é representado por um homem com cabeça de carneiro, por vezes, tendo uma jarra ou coroa dupla, sobre os chifres. De acordo com os contos, o deus estava criando dois pequenos seres humanos, utilizando barro e modelando-o à mão.

E bem, foi por conta dele, que se deu a criação da vida humana. Ele tinha como companheiros a deusa, Satis, e a deusa, Anoukis. É claro, para o mundo ser como é hoje, precisavam existir seres humanos e é esse o motivo pelo qual esse deus tem bastante relevância e foi tão determinante para o existir de tudo.

Foi assim, a partir do trabalho de cada uma dessas entidades, conhecidas como os deuses antigos do Egito, que o Universo e o nosso mundo foram criados. Na visão egípcia, nada seria como é, se alguma dessas divindades tivesse feito qualquer coisinha diferente.

Veja um vídeo sobre isso.

Vídeo

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