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A verdade não contada sobre a investigadora paranormal Lorraine Warren

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Você sabia que dois investigadores paranormais conseguiram gerar um universo cinemático inteiro quase que por acidente? Franquias poderosas como os Monstros Universais não conseguiram nem chegar perto disso, mesmo que de propósito. Esta dupla é, nada mais nada menos, do que Ed e Lorraine Warren, as figuras centrais de The Conjuring. Inspirado em casos reais, os filmes têm acompanhado ambos os investigadores na busca para tornar a vida das pessoas mais suportável, principalmente quando elas vivem (ou viviam) em casas amaldiçoadas. No entanto, nós estamos mais do que cientes de que as séries de filmes não são documentais. Ou seja, têm uma pitada de ficção ali sim, com toda certeza. A questão é: até que ponto? Qual é a verdade não contada sobre a investigadora paranormal Lorraine Warren?

Através de livros e adaptações de cinema, os Warrens encontraram-se ligados a muitos dos casos mais famosos de assombração e possessão demoníaca do século 20. Isso inclui o Horror em Amityville, a Enfield Poltergeist, e uma boneca assombrada que inspirou três filmes diferentes.

Por mais de 50 anos, o casal lutou contra espíritos malignos, ou se aproveitou de pessoas vulneráveis, dependendo do ponto de vista. Está na hora de buscarmos a verdade no meio disso tudo.

Poderes psíquicos

Enquanto o papel de Ed era o de demonologista – pesquisando sobre espíritos/demônios e auxiliando exorcismos – as contribuições de Lorraine estavam ligadas aos seus “poderes psíquicos”. Lorraine acreditava ser médium de transe, isto é, ela podia canalizar os espíritos dos mortos ao entrar em transe. Além disso, se autointitulava clarividente, no sentido de perceber coisas que os humanos normalmente não conseguem.

Como o próprio Ed disse: “os espíritos estão nesse campo vibracional diferente. Eles estão ao nosso redor agora, mas você não pode vê-los. Mas se você fosse como Lorraine, poderia vê-los clarividentemente”.

Qual é a verdade não contada sobre a investigadora paranormal Lorraine Warren? De acordo com o genro de Warrens, Tony Spera, Lorraine desenvolveu suas habilidades em uma idade jovem. Aos 9 anos, ela estava frequentando uma escola católica particular e observou que a luz que emanava de uma freira era mais brilhante do que a luz que cercava a Madre Superiora. Foi a partir daí que tudo começou.

Além de usar essas habilidades durante as investigações, Lorraine também alegou ter recebido sinais de Ed após sua morte, em 2006. Por exemplo, um misterioso assobio em um restaurante onde Lorraine foi celebrar o aniversário do falecido.

Os Warrens disseram que suas investigações evoluíram com o tempo para tentativas mais ativas de expulsar espíritos a partir de 1965, quando encontraram o fantasma de uma menininha chamada Cynthia. Daquele ponto em diante, eles decidiram se dedicar a ajudar as pessoas afligidas pelo sobrenatural. Ou pelo menos a escrever livros alegando que o fizeram.

Horror em Amityville

Antes da estreia dos filmes Conjuring, os Warrens eram mais famosos por sua associação com os horrores de Amityville. A versão curta desta famosa narrativa é a de que a família Lutz mudou-se para uma casa em Amityville, Nova York, em 1975.

Entretanto, começaram a ser assombrados por uma presença demoníaca. Esta, por sua vez, se manifestou por meio de um enxame de moscas, aparições encapuzadas, lugares frios, maus cheiros e até com a aparição de um porco estranho.

O envolvimento dos Warren veio algum tempo depois que os Lutzs deixaram a região. Eles apareceram na casa em fevereiro de 1976 com uma equipe de TV para investigar os acontecimentos. Foi então que a equipe deles tirou a famosa foto de “menino fantasma”, incessantemente mostrada em vários talk shows enquanto promoviam o primeiro filme de Horror de Amityville.

As experiências de Warrens na casa foram dramatizadas nas primeiras cenas de The Conjuring 2. No entanto, aparentemente, toda a assombração de Amityville foi desmascarada. Como? Bem, o advogado do grande assassino da história, Ronald DeFeo, admitiu que os Lutzs montaram todo o circo.

A história não contada

Uma das investigações do casal surpreendentemente ainda não foi transformada em filme. É a história de Bill Ramsey, o lobisomem de Southend/Inglaterra. Sua história é o tema do livro de 1991 de Warrens Werewolf: Uma verdadeira história de possessão demoníaca, que descreve as experiências de Ramsey como um jovem britânico que, de repente, começa a agir como um lobo e ataca seus amigos, algumas enfermeiras e policiais.

Como deu para perceber, Ramsey não era um lobisomem no sentido tradicional, mas era possuído por um demônio que o fez agir como um lobo. O exorcismo foi aparentemente um sucesso, já que Ramsey não parece ter mordido ninguém desde 1992.

E as evidências?

Uma investigação notável da New England Skeptical Society examinou todas as evidências sobrenaturais apresentadas pelo Warrens e não achou nada convincente. A maioria das “provas” tendiam a ser anedóticas e pseudocientíficas.

Os estudos concluíram que, embora os Warrens fossem pessoas perfeitamente agradáveis, eles eram, na melhor das hipóteses, contadores de histórias de fantasmas. O casal nunca cobrou por suas investigações, mas não há dúvida de que ganharam muito dinheiro com a fama que seus casos lhes trouxeram.

Para algumas pessoas, os Warrens eram charlatões perigosos que só ganham (ou ganhavam) mais fama com os filmes populares que os tornam célebres. Para outros, eles podem representar um casal amoroso que usou sua fé para ajudar pessoas necessitadas.

Lorraine Warren faleceu em 18 de abril de 2019, com 92 anos de idade.

O que você acha de tudo isso? Mito? Algum fundo de verossimilhança? Compartilhe a sua opinião conosco!

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