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Visão de raio-x: smartphones podem ganhar “poder” do Super-Homem

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Há alguns poucos anos, o telefone era algo que usávamos apenas em casa. Hoje em dia, ninguém sai de casa sem seu smartphone. E foi-se o tempo em que as pessoas usavam os telefones para fazerem ligações. Hoje, eles servem para milhares de outras coisas. E ao que tudo indica as inovações para eles não param. Tanto que um “poder” novo vem para os smartphones.

Esse poder dos smartphones é inspirado em um dos maiores heróis, o Super-Homem. De todos os poderes que ele tem, um dos mais conhecidos é sua visão de raio-x. Através dela o herói consegue enxergar através dos objetos e paredes. Até o momento, isso era algo exclusivo da ficção. Contudo, no futuro, esse poder pode ser visto nos smartphones com um “chip” que dará um uso parecido.

Poder smartphones

Olhar digital

Os pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, e da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, se inspiraram no poder do Super-Homem para criar um chip que conseguisse ver através de objetos.

Contudo, na realidade, ele não tem uma visão de raio-x como a do herói. De acordo com  Kenneth O, um dos coautores do estudo, a tecnologia do chip usa sinais de 200 a 400 GHz, porque os raios-x podem ser prejudiciais.

Esse chip que dará o poder para os smartphones teve sua primeira demonstração em 2022 e ele está sendo trabalhado pelos pesquisadores há 15 anos.

Para seu funcionamento, o chip emite radiação eletromagnética na faixa de terahertz, que é entre 100 GHz e 10 THz, com comprimentos de onda de 3 mm a 0,03 mm. Esse tipo de onda é invisível ao olho humano e não tem risco para os humanos, como no caso do raio-x.

Testes

Olhar digital

Em 2022, os pesquisadores mostraram que esses feixes de 430 GHz conseguiam viajar através da poeira, neblina e de outros objetos que a luz não penetra. Para isso, eles foram ricocheteados e refletidos de volta para o chip, o que deu ao sistema a capacidade de criar uma imagem do que foi visto do outro lado.

Para o gerador de imagens do chip os pesquisadores usaram uma tecnologia de semicondutor de óxido metálico (CMOS), que é bem vista nos processadores modernos de computadores, dispositivos digitais e chips de memória. De acordo com o New Atlas, o CMOS veio como uma maneira acessível de gerar e detectar sinais de frequências superiores a 200 GHz tendo uma qualidade alta.

Desde esses testes os pesquisadores trabalham fazendo o refinamento do modelo do chip para que ele caiba nos smartphones sem precisarem de lentes. De acordo com os pesquisadores, os píxeis da imagem gerada a partir da “visão raio-x” são quadradas, de 0,5 mm e tem o tamanho de cerca de um grão de areia.

Nos testes feitos, o chip foi capaz de gerar imagens de objetos que estavam cobertos com papelão a aproximadamente um centímetro de distância. Essa distância foi tão curta assim porque os pesquisadores não querem que esse possível poder dos smarphones seja usado por ladrões para ver o que as pessoas tem em suas bolsas ou carteiras à distância.

Funcionalidade

Mac magazine

Claro que esse poder dos smartphones verem objetos através das coisas é incrível, mas outros também seriam uma grande mão na roda. Como no caso de uma tela que se autocura.

Uma equipe do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia (KIST) conseguiu desenvolver um material eletrônico de auto cura que consegue consertar suas próprias rachaduras e outros danos físicos. Essa tecnologia tem um ingrediente secreto: óleo de linhaça.

Esse óleo é feito de sementes de linho. E essas sementes foram adaptadas pelos pesquisadores de uma maneira parecida para serem adicionadas à poliimida incolor (CPI). Ela é uma alternativa para o vidro que já está em uso no caso dos smartphones que tem telas dobráveis.

Com o óleo adicionado, ele consegue se infiltrar nas rachaduras feitas quando o CPI é fraturado. E se os cientistas conseguirem fazer com que ele funcione de forma confiável em escala isso pode significar telas que serão capazes de curar suas próprias rachaduras depois de uma queda.

“Fomos capazes de desenvolver uma poliimida incolor com autocura que pode resolver radicalmente as propriedades físicas e a vida útil de materiais poliméricos danificados”, afirmaram os pesquisadores.

O óleo de linhaça, que ajuda nessa autocura, foi colocado primeiro em microcápsulas. Então elas foram misturada com um material de silicone. Esse material foi usado como revestimento em cima do CPI, nos experimentos feitos pelos pesquisadores.

A maneira como esse material foi projetado, faz com que quebras no CPI também levem quebras nas microcápsulas. Isso libera o óleo armazenado, para que ele repare os danos. Quando a substância oleosa atinge o ar, ela endurece e o material fica quase novo de novo.

O melhor é que tudo isso funciona à temperatura ambiente e sem precisar de pressão externa. E segundo os pesquisadores, temperaturas mais altas, uma umidade maior e luz ultravioleta podem acelerar os processos de cicatrização.

Sob as condições ideais e de radiação ultravioleta, o material pode substituir 91% das rachaduras em apenas 20 minutos.

Por mais que ainda tenha muito trabalho a ser feito até que essa tecnologia seja tirada do laboratório e colocada nas telas dos smartphones, as descobertas feitas até o momento são bem animadoras.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, Mac magazine

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